
DOI:
https://doi.org/10.14483/25909398.20255Publicado:
2023-02-15Número:
Vol. 9 Núm. 9 (2022): Enero-Diciembre 2022Sección:
Sección CentralMujeres gordas: gordofobia, violencia y (Re)existencias
Fat women: fatphobia, violence and (Re)existence
Mulheres gordas: gordofobia, violências e (Re) existências
Palabras clave:
Mujeres gordas, gordofobia, salud, violencia ética, (re)existencias, decolonialidad (es).Palabras clave:
Fat women, fatphobia, health, ethical violence, (re) existences, decoloniality (en).Palabras clave:
Mulheres gordas, gordofobia, saúde, violência ética, (re)existências, decolonialidade (pt).Descargas
Resumen (es)
La gordofobia es un estigma que estructura nuestra sociedad cisheteronormativa. Los gordos sufren mucha violencia, desde su niñez, por no estar dentro de lo que se entiende por “corporeidades sanas”
en la concepción del saber médico colonialista. Las mujeres gordas sufren más, porque dentro de esta lógica, se nos lee como cuerpos abyectos y vivimos la violencia institucionalizada por los discursos so beranos del poder biomédico. En este sentido, proponemos una reflexión sobre la gordofobia como violencia ética (Butler, 2019), que es un despliegue de la investigación desarrollada en el contexto de un doctorado y un posdoctorado, articulando los estudios transdisciplinarios del cuerpo gordo en Brasil, con un análisis bibliográfico crítico sobre autonomía, medicalización, género e interseccionalidad. La reflexión pasará por entender la gordofobia en la concepción de lo que significa tener un cuerpo sano, enmarcándolo como una violencia médica en paralelo a procesos de (re)existencia y resignificación de los dolores que aspiran a promover una vida más autónoma y alegre.
Resumen (en)
Fat phobia is a stigma that structures our cishetero normative society. Fat people suffer a lot of violence, since their childhood, for not being within what is understood by “healthy corporealities” in the conception of colonialist medical knowledge. Fat women suffer more, because in this logic, we are read as abject bodies and experience violence institutionalized by sovereign discourses of biomedical power. In this sense, we propose a reflection on fatphobia as ethical violence (Butler, 2019), which is an offshoot of research developed in the context of a doctorate and a post-doctorate, articulating the transdisciplinary studies of the fat body in Brazil, to a critical bibliographic analysis on autonomy, medicalization, gender and intersectionality. The refletion proposes that the fatphobia in the conception
of what is a healthy body, framing it as a medical violence in parallel to the processes of (re)existence and re-signification of pain that aim to promote a more autonomous and joyful life
Resumen (pt)
Gordofobia é um estigma que estrutura nossa sociedade cisheteronormativa. Pessoas gordas sofrem muitas violências, desde suas infâncias, por não estarem dentro do que se entende por “corporalidades saudáveis” na concepção dos saberes médicos colonialistas. Mulheres gordas acabam sofrendo mais, porque dentro dessa lógica, somos lidas como corpos abjetos e vivenciamos violências institucionalizadas por discursos soberanos de poder biomédico. Propomos, nesse sentido, uma reflexão sobre a gordofobia como violência ética (Butler, 2019) que se trata de um desdobramento de pesquisas desenvolvidas no âmbito de um doutorado e um pós-doutorado, articulando os estudos transdisciplinares do corpo gordo no Brasil, a uma análise bibliográfica crítica sobre autonomia, medicalização, gênero e interseccionalidades. A reflexão passará por entender a gordofobia na concepção do que é ter um corpo com saúde, enquadrando-a enquanto uma violência médica em paralelo à processos de (re)existências e ressignificação de dores que visam promover uma vida mais autônoma e alegre
Referencias
Adichie, C. N. (2019). O perigo da história única. (1. ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
Arruda, A. de S. (2019). O peso e a mídia: uma autoetno grafia da gordofobia sob o olhar da complexidade. Tese (Doutorado em Comunicação). – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo.
Butler, J. (2019). Relatar a si mesmo. Crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica. Castells, M. (1999). A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. Lisboa: Fun dação Calouste Gulbenkian.
Foucault, M. (1997). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. Giddens, A. (2001). Modernidade e identidade pessoal. Lisboa: Celta.
Goldenberg, M.; Ramos, M. S. (2007). A civilização das formas: o corpo como valor. In: Goldenberg, M. (Org.) Nu e vestido: dez antropólogos revelam a cultura do cor po carioca. (2. ed.). Rio de Janeiro: Record.
Gomes, C. (2019). Gordofobia médica: como o preconceito na saúde afeta pacientes gordas. Claudia, São Paulo. En línea: https://claudia.abril.com.br/saude/gordofobia-medica-como-o-preconceito-na-saude-afeta-pacientes-gordas/
Jimenez-Jimenez, M. L. (2020). Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. Doutorado (Progra ma de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO) - Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Cuiabá, MT, Brasil.
Lazzarato, M. (2006). As revoluções do capitalismo: A política no império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Lemos, A. (2007). Cibercultura: tecnologia e vida social. Porto Alegre: Salinas.
Lipovetsky, G. (2016). Da leveza: rumo a uma civilização sem peso. São Paulo: Manoele.
Maffesolli, M. (1997). A transfiguração do político: triba lização do mundo. Porto Alegre: Sulina.
Preciado, P. B. (2018). Testo Junkie. Sexo, drogas e biopo lítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 edições.
Recuero, R. (2014). A conversação em rede: Comuni cação Mediada pelo Computador e Redes Sociais na In ternet. Porto Alegre: Sulina.
Sant’anna, D. B. de. (2014). História da beleza no Brasil. São Paulo: Contexto.
Sant’Anna, D. B. de. (2016). Gordos, magros e obesos: uma história do peso no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade.
Silva, B. L.; Cantisani, J. R. (2018). Interfaces entre a gor dofobia e a formação acadêmica em nutrição: um deba te necessário. Demetra – Alimentação, Nutrição e Saúde, Rio de Janeiro, 13(2). En línea:«https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/33311».
Silva, M. J. da. (2020). O medo de engordar em tempos de COVID-19. Revista Antropológicas, 03(a9). En línea: «https://www.antropologicas-epidemicas.com.br/post/o-medo-de-engordar-em-tempos-de-covid-19».
Sudo, N.; Luz, M. T. (2007). O gordo em pauta: represen tações do ser gordo em revistas semanais. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 12(4), pp. 1033-1040, ago. En línea: «https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232007000
Vieira, T. (2016). O meu corpo é resistência. Blog Gorda Zen. En línea: «http://gordaezen.com.br/selfie-empode rada/o-meu-corpo-e-resistencia»
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.