Recalibrar la escucha: los árboles como sujetos del dolor

Re-evaluating listening: trees as subjects of pain

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Resumen (es)

El objetivo de este texto es abrir un espacio de conversación y escucha profundas entre
las ciencias sociales y las artes sonoras sobre dos cuestiones relacionadas con un conjunto de mensajes que los pueblos indígenas y afrocolombianos han expresado a lo largo del tiempo: sobre “las violencias” y los “daños históricos”, sobre el “dolor de la selva” y sobre su visión de la “reparación” y la “paz”. El texto es producto de mi trabajo como Comisionado de la Comisión de la Verdad y fundamenta una pieza sonora y la plataforma general del volumen testimonial del Informe Final de la Comisión de la Verdad. Busca simultáneamente introducir la idea del territorio como sujeto de dolor, como “ser” o como conjunto de
“seres” sintientes. No como “sujeto de derecho” (que es el lenguaje del Estado), sino como sujeto capaz de testimoniar. Acudo a una reflexión sobre el tránsito del mundo de la grafía al mundo de la fonía. La experiencia de la “violencia” adquiere ahí un significado distinto. Esta es la pregunta central que se busca explorar: ¿cómo testimonia su dolor?, ¿cómo nos refiere su sufrimiento? ¿Cómo podemos ver ese daño en el paisaje? ¿Cómo testimonia la Amazonía y sus devastaciones, que no son sólo del conflicto armado, sino más profundas en el tiempo?

Resumen (en)

The purpose of this text is to open a space for conversation and deep listening between the social sciences and the arts of sound on two questions associated with a set of messages that indigenous and afro-Colombia peoples have long expressed: on “violence” and “historical damages”, on the “forest’s pain”, and on their vision of “reparation” and “peace”. This text is a result of my work as a Truth Commission Commissioner, and grounds a sound piece and the general platform of the Truth Commission Final Report’s testimonial volume. It seeks to introduce the idea of the territory as a subject of pain, as a “being” or as a group of sentient “beings”. Not as a “subject of law” (which is the language of the State) but as a subject able to give testimony, I use a reflection on the transit from the world of graphics to the world
of sound. The experience of “violence” takes on thereby a different meaning. This is the central question to explore: How does it testify to its pain? How does it tell us of its suffering? How can we see this damage in the landscape? How does the Amazon region attest to its devastation, not only the one due to the armed conflict but those deeper in time?

Resumen (pt)

O objetivo deste texto é abrir um espaço de conversa e escuta profunda entre as ciências sociais e as artes sonoras sobre duas questões relacionadas com um conjunto de mensagens que os povos indígenas e afro-colombianos têm expressado ao longo do tempo: sobre
"as violências" e "os danos históricos", sobre a "dor da floresta" e sobre a sua visão de
"reparação" e de "paz". O texto é fruto do meu trabalho como Comissionado da Comissão da Verdade e vem de uma peça sonora e da plataforma geral de depoimentos do Relatório Final da Comissão da Verdade. O objetivo é simultaneamente introduzir a ideia do território como sujeito de dor, como um "ser" ou como um conjunto de "seres" que sentem. Não como um "sujeito de direito" (que é a linguagem do Estado), mas sim como um sujeito capaz de testemunhar. Chego a uma reflexão sobre a transição do mundo da escrita para o mundo do som. A experiência da "violência" assume um significado diferente. Esta é a pergunta central a ser explorada: como ela testemunha a sua dor, como ela nos conta o seu sofrimento? Como podemos ver esse dano na paisagem? Como testemunha a Amazônia suas devastações, que não se devem apenas ao conflito armado, mas também são mais profundas no tempo?