Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão

UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO

Cell biology teaching for blind students: a proposal for inclusion

Actividades didácticas de Biología celular para estudiantes con discapacidad visual: una propuesta de inclusión

Autores/as

  • Estéfano Vizconde Veraszto Universidade Federal de São Carlos https://orcid.org/0000-0002-4029-4803
  • Nathália Elisa Ferreira VICENTE Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Araras

Palabras clave:

Discapacidad Visual, Enseñanza de Biología, Educación Especial, Citología, Educación Inclusiva (es).

Palabras clave:

Inclusive Education, Visual Impairment., Biology Teaching, Special Education, Cytology (en).

Palabras clave:

Educação Inclusiva, Deficiência Visual., Ensino de Biologia, Educação Especial, Citologia (pt).

Resumen (pt)

Este artigo tem amparo na Teoria dos Contextos Comunicativos para fundamentar o desenvolvimento de atividades de ensino de Biologia Celular para alunos com deficiência visual. Tanto para o desenvolvimento, quanto para a aplicação das atividades de ensino, foram exploradas potencialidades comunicacionais, na busca pela construção do conhecimento de forma coletiva, considerando tanto pesquisadores quanto os alunos cegos e videntes. Trata-se de uma pesquisa orientada em pressupostos qualitativos e a análise dos resultados foi amparada em técnicas de análise de conteúdo. O estudo evidenciou participação ativa por parte da discente cega envolvida no processo. As atividades desenvolvidas atingiram os objetivos, pois se mostraram eficazes em dar significado às representações não visuais a partir de registros táteis e auditivos. Por fim, cabe apontar que o artigo apresenta resultados satisfatórios pois rompe com o tradicional, onde o Ensino de Ciências Biológicas é pautado em pressupostos e estratégias visuais, com escassez (ou ausência) de recursos que atendam às necessidades de alunos com deficiências visuais.

Resumen (en)

This article is supported by the Theory of communicative contexts to support the development of didactic activities in Cell Biology for students with visual disabilities. Both in the development and the application of didactic activities, the communicative potentialities were explored, in the search for the collective construction of knowledge, considering researchers and students. It is qualitative research, and analysis of the results occurred using content analysis techniques. The activities developed achieved the objectives because they proved effectiveness getting meaning to non-visual representations of tactile and auditory registers. Finally, it is to highlight that the article presents satisfactory results breaking with the traditional, where the Teaching of Biological Sciences is based on assumptions and visual strategies, with a shortage (or absence) of resources that meet the needs of students with visual disabilities.

Resumen (es)

Este artículo tiene como fundamento la Teoría de los contextos comunicativos para apoyar el desarrollo de actividades didácticas de Biología Celular para estudiantes con discapacidad visual. Tanto en el desarrollo como en la aplicación de actividades didácticas, se exploraron las potencialidades comunicativas, en la búsqueda de la construcción colectiva del conocimiento, considerando tanto a los investigadores como a los estudiantes videntes y ciegos. Esta es una investigación basada en supuestos cualitativos, con el análisis de los resultados apoyado en técnicas de análisis de contenido. Las actividades desarrolladas lograron los objetivos, porque demostraron ser efectivos para dar significado a representaciones no visuales de registros táctiles y auditivos. Finalmente, cabe destacar que el artículo presenta resultados satisfactorios rompiendo con lo tradicional, donde la Enseñanza de las Ciencias Biológicas se basa en supuestos y estrategias visuales, con escasez (o ausencia) de recursos que satisfagan las necesidades de los estudiantes con discapacidades visuales.

Referencias

AUBERT, A et al. Aprendizagem Dialógica na Sociedade da Informação. São Carlos: Edufscar, 2016, 206p.

BALLESTERO-ALVAREZ, J.A. Multissensorialidade no ensino de desenho a cegos. 2003. 121p. Dissertação de Mestrado. Escola de Comunicações e Artes. Universidade Estadual de São Paulo.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo Escolar Nacional de 2018. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2018.

BRASIL. Casa Civil. Decreto nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2004. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm >.

CACHAPUZ, A.; GIL-PEREZ, D.; CARVALHO, A.M.P.; PRAIA, J.; VILCHES, A.(ORG) A necessária renovação do Ensino das Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.

CAMARGO, E.P. Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de Física. 1. ed. São Paulo: Unesp, 2012a. v. 1. 260p.

https://doi.org/10.7476/9788539303533

CAMARGO, E.P. O Perceber e o Não Perceber: algumas reflexões acerca do que conhecemos por meio de diferentes formas de percepção. In: MASINI, E.F.S. (org.). Perceber: raíz do conhecimento. São Paulo: Vetor, 2012b.

CAMARGO, E.P. Inclusão, multissensorialidade, percepção e linguagem. In: CAMARGO, E.P. Inclusão e necessidade especial: compreendendo identidade e diferença por meio do ensino de física e da deficiência visual. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016c. p.23-50.

CAMARGO, E.P. et. al. Contextos comunicacionais adequados e inadequados à inclusão de alunos com deficiência visual em aulas de óptica. REEC. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 8, p. 98-122, 2009.

CARNEIRO, R.U.C.; DALL'ACQUA, M.J.C.; CARAMORI, P.M. Os 20 anos da Lei de Diretrizes e Bases e a Educação Especial: considerações e reflexões. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação. Araraquara, v. 13, n.1, p. 190-206, 2018.

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.n1.2018.11154

CARVALHO, C. L; SALERNO, M. B; ARAÚJO, P. F. A educação especial nas leis de diretrizes e bases da educação brasileira: uma transformação em direção à inclusão educacional. Horizontes - Revista de Educação, Dourados, MS, v.3, n.6, p.34-48, jul./dez. 2015.

JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012, 376p.

LIMA, M.C.B. CASTRO, G.F. Formação inicial de professores de física: a questão da inclusão de alunos com deficiências visuais no ensino regular. Ciência & Educação, v.18, n.1, p. 81-98, 2012.

https://doi.org/10.1590/S1516-73132012000100006

MANTOAN, M.T.E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MASINI, E.A.F.S. O perceber e o relacionar-se do deficiente visual. Coordenadoria Nacional para integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Ministério da Justiça, Brasília, 1994.

MASINI, E.F.S. O PERCEBER: fenomenologia como caminho. In: MASINI, E.F.S. et. al. Perceber, Raiz do Conhecimento. São Paulo: Vetor, 2012.

MATTHEWS, M. Science Teaching: the role of History and Philosophy of Science. New York: Routledge, 2004.

https://doi.org/10.1021/es0351239

PMid:15112790

OMOTE, S. A deficiência como fenômeno socialmente construído. UNESP - MARÍLIA. 1986.

OMOTE, S. Deficiência e não deficiência: recortes do mesmo tecido. UNESP-MARÍLIA, texto mimeografado. 1989.

RODRIGUES, A.J. Contextos de Aprendizagem e Integração/Inclusão de Alunos com Necessidades Educativas Especiais. In: Ribeiro, M.L.S. e Baumel, R.C.R. (Org). Educação Especial - Do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 2003, p. 13-26.

SOLER, M. A. Didactica multisensorial de las ciencias. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1999

VERASZTO, E. V.; CAMARGO, E. P. Cegueira congênita e trabalho científico: um estudo sobre a percepção de professores em formação em Ciências da Natureza. In: Anais. XXI Simpósio Nacional de Ensino de Física. SNEF 2015, Uberlândia-MG. Anais, 2015. v.1. p. 1-8.

VERASZTO, E.V.; CAMARGO, E.P.; CAMARGO, J.T.F. A percepção de licenciandos na área de Ciências da Natureza acerca da compreensão do conceito de luz por cegos congênitos. In: Anais. Encontro de Física 2016, XVI EPEF, Natal-RN, 2016a.

VERASZTO, E.V.; CAMARGO, E.P.; CAMARGO, J.T.F. A visão como requisito para conhecimento de fenômenos físicos: um estudo da opinião de licenciandos. In: Anais. Encontro de Física 2016, XVI EPEF, Natal-RN, 2016b.

VERASZTO, E.V.; CAMARGO, J.T.F.; CAMARGO, E.P. Trabalho científico por cegos congênitos: análise das respostas de licenciandos em cursos da área de ciências da natureza. In: Anais. Encontro de Física 2016, XVI EPEF, Natal-RN, 2016c.

VIGOTSKI, L.S. Obras Escogidas: V Fundamentos de Defectología. Editora Aprendizaje Visor. 2ª ed. Madrid, 1997, p.391.

Cómo citar

APA

Veraszto, E. V., y VICENTE, N. E. F. . (2022). Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 17(2), 361–376. https://doi.org/10.14483/23464712.16994

ACM

[1]
Veraszto, E.V. y VICENTE, N.E.F. 2022. Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias. 17, 2 (jun. 2022), 361–376. DOI:https://doi.org/10.14483/23464712.16994.

ACS

(1)
Veraszto, E. V.; VICENTE, N. E. F. . Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO. Góndola Enseñ. Aprendiz. Cienc. 2022, 17, 361-376.

ABNT

VERASZTO, Estéfano Vizconde; VICENTE, Nathália Elisa Ferreira. Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 361–376, 2022. DOI: 10.14483/23464712.16994. Disponível em: https://revistas.udistrital.edu.co/index.php/GDLA/article/view/16994. Acesso em: 21 nov. 2024.

Chicago

Veraszto, Estéfano Vizconde, y Nathália Elisa Ferreira VICENTE. 2022. «Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO». Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias 17 (2):361-76. https://doi.org/10.14483/23464712.16994.

Harvard

Veraszto, E. V. y VICENTE, N. E. F. . (2022) «Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO», Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 17(2), pp. 361–376. doi: 10.14483/23464712.16994.

IEEE

[1]
E. V. Veraszto y N. E. F. . VICENTE, «Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO», Góndola Enseñ. Aprendiz. Cienc., vol. 17, n.º 2, pp. 361–376, jun. 2022.

MLA

Veraszto, Estéfano Vizconde, y Nathália Elisa Ferreira VICENTE. «Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO». Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, vol. 17, n.º 2, junio de 2022, pp. 361-76, doi:10.14483/23464712.16994.

Turabian

Veraszto, Estéfano Vizconde, y Nathália Elisa Ferreira VICENTE. «Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO». Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias 17, no. 2 (junio 15, 2022): 361–376. Accedido noviembre 21, 2024. https://revistas.udistrital.edu.co/index.php/GDLA/article/view/16994.

Vancouver

1.
Veraszto EV, VICENTE NEF. Ensino de Biologia celular para alunos com deficiência visual: uma proposta de inclusão: UMA PROPOSTA DE INCLUSÃO. Góndola Enseñ. Aprendiz. Cienc. [Internet]. 15 de junio de 2022 [citado 21 de noviembre de 2024];17(2):361-76. Disponible en: https://revistas.udistrital.edu.co/index.php/GDLA/article/view/16994

Descargar cita

Visitas

644

Dimensions


PlumX


Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Artículos similares

<< < 45 46 47 48 49 50 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.

##plugins.generic.pfl.publicationFactsTitle##

Metric
##plugins.generic.pfl.thisArticle##
##plugins.generic.pfl.otherArticles##
##plugins.generic.pfl.peerReviewers## 
2.4 promedio

##plugins.generic.pfl.reviewerProfiles##  N/D

##plugins.generic.pfl.authorStatements##

##plugins.generic.pfl.authorStatements##
##plugins.generic.pfl.thisArticle##
##plugins.generic.pfl.otherArticles##
##plugins.generic.pfl.dataAvailability## 
##plugins.generic.pfl.dataAvailability.unsupported##
##plugins.generic.pfl.averagePercentYes##
##plugins.generic.pfl.funders## 
N/D
32% con financiadores
##plugins.generic.pfl.competingInterests## 
N/D
##plugins.generic.pfl.averagePercentYes##
Metric
Para esta revista
##plugins.generic.pfl.otherJournals##
##plugins.generic.pfl.articlesAccepted## 
Artículos aceptados: 64%
33% aceptado
##plugins.generic.pfl.daysToPublication## 
##plugins.generic.pfl.numDaysToPublication##
145

Indexado: {$indexList}

    ##plugins.generic.pfl.indexedList##
##plugins.generic.pfl.editorAndBoard##
##plugins.generic.pfl.profiles##
##plugins.generic.pfl.academicSociety## 
Universidad Distrital Francisco José de Caldas
Loading...