DOI:
https://doi.org/10.14483/23464712.21218Publicado:
2024-02-20Aprendendo sobre o corpo humano por meio de entrevistas: quando grupos focais aproximam escola e universidade
Learning about the human body through interviews: when focus groups bring school and university together
Aprendiendo sobre el cuerpo humano a través de entrevistas: cuando los grupos focales se acercan a la escuela y la universidad
Palabras clave:
Biology teaching, Teacher training, Elementary education, Human anatomy (en).Palabras clave:
Enseñanza de la biología, Formación de profesores, Educación básica, Anatomía humana (es).Palabras clave:
Ensino de biologia, Formação de profesores, Educação básica, Anatomia humana (pt).Descargas
Resumen (pt)
Um dos principais problemas enfrentados na formação inicial de professores é a limitada integração/articulação entre teoria e prática, ou seja, o eterno desafio de aproximar a escola e a academia. Assim, este estudo tem como objetivo refletir sobre uma experiência pedagógica com grupos focais para o ensino e a aprendizagem sobre o corpo humano, com o propósito de formação de professores de Biologia e de escolares do Ensino Médio. Para isto, foram realizadas entrevistas com escolares distribuídos em oito grupos focais, conduzidas por licenciandos de segundo semestre, do componente curricular Anatomia Humana, do Curso de Licenciatura em Biologia de uma universidade pública federal, situada na região Nordeste do Brasil. As entrevistas, gravadas em áudio e vídeo, tiveram duração mínima de 30 minutos. Em momento posterior, estas entrevistas foram transcritas e discutidas em aulas do componente curricular Anatomia Humana, tendo em vista não somente os aspectos relacionados à dimensão morfofuncional do corpo humano, mas também perspectivas pedagógicas adotadas na Educação Básica e processos de ensino e aprendizagem, de acordo com os relatos das entrevistas. Análises qualitativas das entrevistas evidenciaram que a atividade com grupos focais possibilitou aos licenciandos a vivência da docência, ao atuarem como facilitadores das entrevistas, e a aprendizagem dos escolares, ao compartilharem seus conhecimentos sobre o corpo humano com colegas. A partilha de experiências entre licenciandos e escolares favoreceu a construção coletiva de novas aprendizagens, a aproximação entre universidade e escola e a articulação entre teoria e prática na formação docente. A pesquisa indica que grupos focais, quando operacionalizados no cenário do componente curricular Anatomia Humana, podem constituir-se como uma Prática como Componente Curricular, ampliando-se, assim, o leque de possibilidades mobilizadas para a articulação entre teoria e prática na formação de professores de Biologia.
Resumen (en)
One of the main problems faced in initial teacher training is the limited integration/articulation between theory and practice, that is, the eternal challenge of bringing school and academia closer together. Thus, this study aims to reflect on a pedagogical experience with focus groups for teaching and learning about the human body, with the purpose of training Biology teachers and high school students. For this purpose, interviews were conducted with students divided into eight focus groups, conducted by second-semester undergraduate students of the Human Anatomy curricular component of the initial training of Biology teachers at a federal public university, located in the Northeast region of Brazil. The interviews, recorded in audio and video, lasted at least 30 minutes. Later, these interviews were transcribed and discussed in classes of the Human Anatomy curricular component, bearing in mind not only aspects related to the morphofunctional dimension of the human body, but also pedagogical perspectives adopted in Basic Education and teaching and learning processes, according to with the interview reports. Qualitative analyzes of the interviews showed that the activity with focus groups enabled the undergraduates to experience teaching, by acting as facilitators of the interviews, and the students' learning, by sharing their knowledge about the human body with colleagues. The sharing of experiences between undergraduates and students favored the collective construction of new learning, the approximation between university and school and the articulation between theory and practice in teacher training. The research indicates that focus groups, when operationalized in the scenario of the Human Anatomy curricular component, can be constituted as a Practice as a Curriculum Component, thus expanding the range of possibilities mobilized for the articulation between theory and practice in teacher training of Biology.
Resumen (es)
Uno de los principales problemas que enfrenta la formación inicial docente es la limitada integración/articulación entre teoría y práctica, es decir, el eterno desafío de acercar la escuela y la academia. Así, este estudio pretende reflexionar sobre una experiencia pedagógica con grupos focales para la enseñanza y el aprendizaje sobre el cuerpo humano, con el propósito de formar profesores de Biología y estudiantes de secundaria. Para ello, se realizaron entrevistas a estudiantes divididos en ocho grupos focales, realizados por estudiantes de segundo semestre del componente curricular de Anatomía Humana de la Licenciatura en Biología de una universidad pública federal, ubicada en la región Nordeste de Brasil. Las entrevistas, grabadas en audio y vídeo, duraron al menos 30 minutos. Posteriormente, estas entrevistas fueron transcritas y discutidas en clases del componente curricular de Anatomía Humana, teniendo en cuenta no sólo aspectos relacionados con la dimensión morfofuncional del cuerpo humano, sino también las perspectivas pedagógicas adoptadas en la Educación Básica y los procesos de enseñanza y aprendizaje, de acuerdo con los informes de la entrevista. Las análisis cualitativas de las entrevistas mostraron que la actividad con grupos focales permitió a los estudiantes experimentar la enseñanza, actuando como facilitadores de las entrevistas, y el aprendizaje de los estudiantes, al compartir sus conocimientos sobre el cuerpo humano con sus colegas. El intercambio de experiencias entre licenciandos y estudiantes favoreció la construcción colectiva de nuevos aprendizajes, la aproximación entre universidad y escuela y la articulación entre teoría y práctica en la formación docente. La investigación indica que los grupos focales, cuando operacionalizados en el escenario del componente curricular de Anatomía Humana, pueden constituirse como una Práctica como Componente Curricular, ampliando así el abanico de posibilidades movilizadas para la articulación entre teoría y práctica en la formación de docentes de Biología.
Referencias
Acontece Arte e Política LGBTI+; ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais); ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) (2023). Mortes e violências contra LGBTI+ no Brasil: Dossiê 2022. Florianópolis, SC: Acontece, ANTRA & ABGLT. Recuperado de https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/wp-content/uploads/2023/05/Dossie-de-Mortes-e-Violencias-Contra-LGBTI-no-Brasil-2022-ACONTECE-ANTRA-ABGLT.pdf. Acesso em 01 set 2023.
Anastácio, Z. C. (2021). Entre género e sexo, o papel da sociedade e o papel da biologia. In: A. P. Vilela (Org.), Flexibilidade e interações educativas para rumos (des)iguais: um olhar longitudinal até aos tempos de pandemia (pp. 199-211). Braga: Cadernos, Escola e Formação. Centro de Formação Braga/Sul.
Barbour, R. (2009). Grupos focais. Porto Alegre: Artmed.
Brasil (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais. Tema transversal - Orientação Sexual. Brasília: MEC/SEF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientacao.pdf. Acesso em 01 set. 2023.
Brasil (2002). Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 2/2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da educação básica em nível superior. Brasília: Diário Oficial da União.
Brasil (2018). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB.
Clément, P. (2003). Situated conceptions and obstacles. The example of digestion / excretion. In: D. Psillos, P. Kariotoglou, V. Tselfes, E. Hatzikraniotis, G. Fassoulopoulos, M. Kallery (Orgs.), Science Education Research in the Knowledge-Based Society (pp. 89-97). Dordrecht: Springer Science+Business Media Dordrecht.
Di Tullio, A.; Hofstatter, L. J. V.; Santos, S. A. M.; Oliveira, H. T. (2019). O potencial formativo dos grupos focais na constituição de educadoras/es ambientais, Ciência & Educação (Bauru), 25(2), 411-429. https://doi.org/10.1590/1516-731320190020009
Duso, L.; Clement, L.; Pereira, P. B.; Filho, J. P. A. (2013). Modelização: uma possibilidade didática no ensino de biologia. Revista Ensaio, Belo Horizonte, 15(2), 29-44. https://doi.org/10.1590/1983-21172013150203
Ferreira, D. R.; Ribeiro, G.; Silva, P. P. (2019). (Re)construindo conceitos para a sexualidade na educação em ciências. Imagens da Educação, 11(2), 79-94. https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v9i3.45148
Gomes, A. A. (2005). Apontamentos sobre a pesquisa em educação: usos e possibilidades do grupo focal. Eccos Revista Científica, São Paulo, 7(2), 275-290. https://doi.org/10.5585/eccos.v7i2.417
Gondim, S. M. G. (2002). Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, Ribeirão Preto, 12(24), 149-161. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2002000300004
Hodson, D. (1988). Experiments in science and science teaching. Education Phiolosophy and Theory, 20(2), 53-66. https://doi.org/10.1111/j.1469-5812.1988.tb00144.x
Krasilchik, M. (2004). Prática de Ensino de Biologia. 4. ed. rev., ampl. São Paulo: EdUsp.
Leitão, B. J. M. (2003). Grupos de Foco: O uso da metodologia de avaliação qualitativa como suporte complementar à avaliação quantitativa realizada pelo sistema de Bibliotecas da USP. 142 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências da Comunicação, Universidade de São Paulo, São Paulo. https://doi.org/10.11606/D.27.2003.tde-12082003-150618
Malta, F. L.; Dorvillé, L. F. M.; Nascimento, T. G. (2020). Alfabetização científica e enfoque CTS na visão de licenciandos em ciências Biológicas: uma análise de grupo focal. Investigações em Ensino de Ciências, (25)2, 98-121. https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2020v25n2p98
Maraschin, A. A.; Lindemann, R. H. (2022). Articulações entre CTS e Freire na Educação em Ciências: proposições e discussões evidenciadas entre 2006-2020. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 18(1), 96-113. https://doi.org/10.14483/23464712.18851
Neumann, P.; Antonio, M. J.; Kataoka, M. A. (2023). O Uso de Imagens na Formação de professoras(es) em Educação Ambiental Complexa: Relato de Experiência. Góndola, enseñanza y aprendizaje de las ciencias, 18(2), 274-287. https://doi.org/10.14483/23464712.17215
Oliveira, M. C. A.; Brito, L. D (2017). Por entre as palmas deste lugar… A prática como componente curricular nos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas de duas universidades estaduais do Nordeste. In: A. Mohr e H. G. Wielewicki (Orgs), Prática como componente curricular: que novidade é essa 15 anos depois? (pp. 87-106). Florianópolis: NUP/CED/UFSC.
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). (2010). Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade: uma abordagem baseada em evidências para escolas, professores e educadores em saúde. Paris: UNESCO. Recuperado de https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000183281_por. Acesso em 01 set 2023.
Praia, J. F. (2012). Contributo para uma leitura possível de um percurso profissional. In: A. F. C. Cachapuz, A. M. P. Carvalho e D. Gil-Pérez (Orgs.), O ensino das ciências como compromisso científico e social: os caminhos que percorremos (pp. 53-74). São Paulo: Cortez.
Santos, W. L. P.; Mortimer, E. F. (2001). Tomada de decisão para ação social responsável no ensino de ciências. Ciência & Educação, Bauru, 7(1), 95-111. https://doi.org/10.1590/S1516-73132001000100007
Schön, D. A. (2007). Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
Sherwood, L. (2011). Fisiologia Humana: das células aos sistemas. São Paulo: Cengage Learning.
Simplício, P. R. G.; Santos, A. C. (2020). Representações sociais e práticas curriculares: um encontro nas aulas de biologia. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, São Paulo, 11(6), 663-681. https://doi.org/10.26843/rencima.v11i6.2530
Snapir, Z.; Eberbach, C.; Ben-Zvi-Assaraf, O.; HMELO-SILVER, C.; Tripto, J. (2017). Characterising the development of the understanding of human body systems in high-school biology students - a longitudinal study. International Journal of Science Education, 39(15), 2092-2127. https://doi.org/10.1080/09500693.2017.1364445
Souza, L. K. (2020). Recomendações para a Realização de Grupos Focais na Pesquisa Qualitativa. Revista do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, 4(1), 52-66. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13500
Trad, L. A. B. (2009). Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19( 3), 777-796. https://doi.org/10.1590/S0103-73312009000300013
Trivelato, S. L. F. (2005). Que corpo/ser humano habita nossas escolas? In: A. C. R. Amarim, S. E. Selles, M. Marandino e M. S. Ferreira (Orgs.), Ensino de Biologia: conhecimentos e valores em disputa (pp. 121-129). Niterói: Eduff.
Wibeck, V.; Dahlgren, M. A; Öberg, G. (2007). Learning in focus groups. Qualitative Research, 7(2), 249-267. https://doi.org/10.1177/1468794107076023
Zabala, A. (1998). A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed.
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2024 Autor y Góndola. Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Góndola, Ens Aprend Cienc. es una publicación de acceso abierto, sin cargos económicos para autores ni lectores. La publicación, consulta o descarga de los contenidos de la revista no genera costo alguno para los autores ni los lectores, toda vez que la Universidad Distrital Francisco José de Caldas asume los gastos relacionados con edición, gestión y publicación. Los pares evaluadores no reciben retribución económica alguna por su valiosa contribución. Se entiende el trabajo de todos los actores mencionados anteriormente como un aporte al fortalecimiento y crecimiento de la comunidad investigadora en el campo de la Enseñanza de las Ciencias.
A partir del 01 de diciembre de 2018 los contenidos de la revista se publican bajo los términos de la Licencia Creative Commons Atribución–No comercial–Compartir igual 4.0 Internacional (CC-BY-NC-SA 4.0), bajo la cual otros podrán distribuir, remezclar, retocar, y crear a partir de la obra de modo no comercial, siempre y cuando den crédito y licencien sus nuevas creaciones bajo las mismas condiciones.
Los titulares de los derechos de autor son los autores y la revista Góndola, Ens Aprend Cienc. Los titulares conservan todos los derechos sin restricciones, respetando los términos de la licencia en cuanto a la consulta, descarga y distribución del material.
Cuando la obra o alguno de sus elementos se halle en el dominio público según la ley vigente aplicable, esta situación no quedará afectada por la licencia.
Asimismo, incentivamos a los autores a depositar sus contribuciones en otros repositorios institucionales y temáticos, con la certeza de que la cultura y el conocimiento es un bien de todos y para todos.