DOI:
https://doi.org/10.14483/23464712.17388Published:
2022-02-03Concepção de professores dos anos iniciais sobre a natureza da ciência e atividades experimentais
Conception of elementary school teachers about the nature of science and experimental activities
Concepción de los docentes de educación primaria sobre la naturaleza de la ciencia y las actividades experimentales
Keywords:
Concepção, Natureza da Ciência, Atividades Experimentais, Formação Continuada de Professores, Professores dos Anos Iniciais. (pt).Keywords:
Naturaleza de la Ciencia, Concepción, Actividades Experimentales, Formación Continua del Profesorado, Docentes de Educación Primaria (es).Keywords:
Conception, Nature of Science, Experimental Activities, Continuing Teacher , Training, Elementary School Teachers (en).Downloads
Abstract (pt)
O presente texto orienta-se a apresentar um estudo desenvolvido a partir de um questionário respondido por 33 professores dos Anos Iniciais, de um município da região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. O referido questionário foi a ação inicial de um processo de formação continuada, com ênfase em atividades experimentais investigativas na área das Ciências Exatas. O foco do estudo, de cunho qualitativo é socializar e discutir sobre as concepções dos participantes sobre a natureza da ciência e atividades experimentais. A partir da análise às respostas ao questionário, é possível evidenciar uma visão não construtivista dos professores sobre ciências e que poucas vezes atividades experimentais são propostas em suas aulas, principalmente, devido à insegurança. Admitem sua limitação em relação a inserção de novas práticas de ensino nesta área, declaram nunca terem participado de uma formação direcionada ao ensino de Ciências e relatam preferência por participarem de formações em que se proponham atividades práticas, que possam ser levadas para sala de aula. Ademais, as atividades experimentais quando propostas, geralmente visam testar ou transmitir conhecimentos relacionados ao contexto biológico. Tais aspectos podem estar relacionados à compreensão equivocada dos participantes, quanto a natureza da ciência.
Abstract (en)
This text presents a study developed from a questionnaire answered by 33 teachers from the Elementary School, from a municipality in the Vale do Taquari region, Rio Grande do Sul. The questionnaire was the initial action of a process of continuing education, with an emphasis on experimental investigative activities in the area of Exact Sciences. The focus of the qualitative study is to socialize and discuss the participants' conceptions about the nature of science and experimental activities. Based on the analysis of the responses to the questionnaire, it is possible to show a non-constructivist view of teachers about science and that they rarely propose experimental activities in their classes, mainly due to insecurity. They admit their limitation in relation to the insertion of new teaching practices in this area, declare that they have never participated in a training course about science teaching, and report a preference for participating in training where practical activities are proposed, which can be taken to the classroom. Furthermore, the experimental activities when proposed, generally aim to test or transmit knowledge related to the biological context. Such aspects may be related to the participants' mistaken understanding of the nature of science.
Abstract (es)
- Este texto tiene como objetivo presentar un estudio desarrollado a partir de un cuestionario respondido por 33 docentes de Educación Primaria, de un municipio de la región de Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. El cuestionario fue la acción inicial de un proceso de formación continua, con énfasis en actividades de investigación experimental en el área de las Ciencias Exactas. El enfoque cualitativo del estudio es socializar y discutir las concepciones de los participantes sobre la naturaleza de la ciencia y las actividades experimentales. A partir del análisis de las respuestas al cuestionario, es posible evidenciar una visión no constructivista de los docentes sobre ciencias y que pocas veces se proponen actividades experimentales en sus clases, principalmente por inseguridad. Admiten su limitación en relación a la inserción de nuevas prácticas de enseñanza en esta área, declaran que nunca han participado en una formación dirigida a la enseñanza de las Ciencias y refieren una preferencia por participar en formaciones donde se proponen actividades prácticas, que pueden llevarse al aula. Además, cuando se proponen actividades experimentales, generalmente tienen por objetivo probar o transmitir conocimientos relacionados con el contexto biológico. Estos aspectos pueden estar relacionados con la comprensión equivocada de los participantes sobre la naturaleza de la ciencia.
References
ABELL, S.K.; SMITH, D.C. What is science? Preservice elemmentary teacher's conceptions of nature of science. International Journal of Science Education, Inglaterra, vol. 16, n. 4, pp. 475-487. 1994. https://doi.org/10.1080/0950069940160407.
https://doi.org/10.1080/0950069940160407
ARAÚJO, M. S. T. de; ABIB, M. L. V. dos S. Atividades Experimentais no Ensino de Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 25, n. 2, pp. 176-194. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbef/v25n2/a07v25n2.pdf >. Acesso em: 22 set. 2020.
https://doi.org/10.1590/S1806-11172003000200007
BASSOLI, F. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciência Educação, Bauru, v. 20, n. 3, pp. 579-593. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v20n3/1516-7313-ciedu-20-03-0579.pdf >. Acesso em: 22 jul. 2020.
https://doi.org/10.1590/1516-73132014000300005
BASTOS, F. História da ciência e ensino de biologia: a pesquisa médica sobre a febre amarela. 212 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Traduzido por: ALVAREZ, M. J.; SANTOS, S. B.; BAPTISTA, T. M. Porto Editora, Porto: Portugal, 1994.
BORGES, R. M. R. Repensando o Ensino de Ciências. In: MORAES, R. (Org.). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 3. ed. EDIPUCRS. Porto Alegre: Brasil, 2008. pp. 209-230.
BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em ciências. SE/CECIRS, Porto Alegre: Brasil, 1996.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 22 de ago. 2020.
BRICCIA, V. Sobre a natureza da ciência e o ensino. In: CARVALHO, A. M. P de. (Org.). Ensino de Ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. Cengage Learning. São Paulo: Brasil, 2016. pp. 111-127.
BRICKHOUSE, W. Teacher's beliefs about the nature of Science and their relationship to classroom practice. Journal os Teacher Education, v. 41, n. 3, pp. 53-62. 1989.
https://doi.org/10.1177/002248719004100307
CARVALHO, A. M. P de; et al. Ciências no Ensino Fundamental: O conhecimento físico. 1. ed. Scipione. São Paulo: Brasil, 1998.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 6. ed. Ijuí. Unijuí: Brasil, 2014.
CHAUÍ, M. Convite a Filosofia. Ed. Ática, São Paulo: Brasil, 2000.
GASPAR, A; MONTEIRO, I. C de C. Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula: uma análise segundo o referencial da teoria de Vygotsky. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 10, n. 2, pp. 227-254. 2005.
HARRES, J. B. S. Uma revisão de pesquisas nas concepções de professores sobre a natureza da ciência e suas implicações para o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 4, n. 3, pp. 197-211. 1999. Disponível em: < https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/603/pdf>. Acesso em 22 ago. 2020.
LEDERMANN, N. G. Student's and teacher's conceptions of the nature of science: a review of the research. Journal of Research in Science Teaching, vol. 29, n. 4, pp. 331-359. 1992.
https://doi.org/10.1002/tea.3660290404
LORENZATO, S. Para aprender matemática. Autores Associados, 3ª ed. 2010
MALHEIRO, J. M. da S. Atividades experimentais no ensino de ciências: limites e possibilidades. Actio, Curitiba, v. 1, n. 1, pp. 108-127. 2016.
https://doi.org/10.3895/actio.v1n1.4796
MORAES, R.; GALIAZZI, C. Metamorfoses Múltiplas: emergências incertas e inseguras no caminho da análise textual discursiva. MORAES, R.; GALIAZZI, C. Análise textual discursiva. 2ª ed. Ijuí. Unijuí: Brasil, 2013. pp. 163 - 192.
MOREIRA, M.A.; OSTERMANN, F. Sobre o ensino do método científico. Cad.Cat.Ens.Fís., v. 10, n. 2, pp.108-117. 1993. Disponível em: <https://goo.gl/ZWVJ5G> Acesso em: 12 out. 2020.
OLIVEIRA, C. M. A. de. O que se fala e se escreve nas aulas de Ciências? In: CARVALHO, A. M. P de. (org.). Ensino de Ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. Cengage Learning. São Paulo: Brasil, 2016. pp. 63-75.
PAULETTI, F. A pesquisa como princípio educativo no ensino de ciências: concepções e práticas em contextos brasileiros. 133p. Tese do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática. PUCRS, Porto Alegre, 2018.
PIETROCOLA, M. Construção e realidade: o papel do conhecimento físico no entendimento do mundo. In: Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia numa concepção integradora. ed. da UFSC Florianópolis: Brasil, 2001. pp. 9-32.
PIETROCOLA, M. Curiosidade e imaginação os caminhos do conhecimento nas ciências, nas artes e no ensino. In: CARVALHO, A. M. P. de. (Org.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. Cengage Learning. São Paulo: Brasil, 2009. p. 119-134.
ROSA, C. W. da; ROSA, A. B. da; PECATTI, C. Atividades experimentais nas séries iniciais: relato de uma investigação. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. Vigo, v. 6, n. 2, pp. 263-274. 2007.
ROSA, C. W.; PEREZ, C. A. S.; DRUM, C. Ensino de física nas séries iniciais: concepções da prática docente. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 12 n. 3, pp. 357-368. 2007.
ROSA, C. T. W.; DARROZ, L. M.; MINOSSO, F. B. Alfabetização científica e ensino de ciências nos anos iniciais: concepções e ações dos professores. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Curitiba, v. 12, n. 1, pp. 182-202, 2019. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/7530>. Acesso em: 2 abr. 2021.
https://doi.org/10.3895/rbect.v12n1.7530
SANTOS, R. J. dos, SASAKI, D. G. G. Uma metodologia de aprendizagem ativa para o ensino de mecânica em educação de jovens e adultos. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 37, n. 3, pp. 1-9, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172015000300506&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 12 out. 2020.
https://doi.org/10.1590/S1806-11173731955
SILVEIRA, L. B. B. et al. Percepções de estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental sobre ciências naturais. Revista Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, Bogotá, v. 10, n. 2, pp. 73-87, 2015. doi: 10.14483/udistrital.jour.gdla.2015.v10n2.a5.
https://doi.org/10.14483/10.14483/udistrital.jour.gdla.2015.v10n2.a05
SUART, R. C. Habilidades cognitivas manifestadas por alunos do ensino médio de química em atividades experimentais investigativas. 218 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) - Instituto de Física, Instituto de Química, Faculdade de Educação e Instituto de Biociências. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
TOBIN, K.; MCROBBIE, C.J. Beliefs about the nature of science and the enacted science curriculum. Science & Education, v. 1, n. 6, pp. 355-371. 1997.
https://doi.org/10.1023/A:1008600132359
ZANCUL, M. C. de S. Ensino de Ciências e a Experimentação: Algumas reflexões. In: PAVÃO, A. C.; FREITAS, D. de. (Orgs.). Quanta ciência há no ensino de ciências. EdUFSCar. São Carlos: Brasil, 2011. pp. 63-68.
ZEICHNER, K. M. Formando professores reflexivos para a educação centrada no aluno: possibilidades e contradições. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. Editora UNESP, São Paulo: Brasil, 2003. pp. 35-56. Disponível em: <https://goo.gl/xAXCfe>. Acesso em: 23-10-2020.
ZÔMPERO, A. F. LABURÚ, C. E. Atividades investigativas no ensino de ciências: Aspectos históricos e diferentes abordagens. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v.13, n.3, pp. 67-80. 2011.
How to Cite
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Download Citation
License
Copyright (c) 2022 Autor y Góndola. Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Gondola, Ens Aprend Cienc. is an open-access publication, free of charge for authors and readers. The publication, consultation or download of the contents of the magazine does not generate any cost for the authors or the readers, since the Francisco José de Caldas District University assumes the expenses related to edition, management and publication. The peer evaluators do not receive any economic retribution for their valuable contribution. The work of all the actors mentioned above is understood as a contribution to the strengthening and growth of the research community in the field of Science Education.
As of December 1, 2018 the contents of the journal are published under the terms of the Creative Commons License Attribution-Noncommercial- ShareAlike 4.0 International (CC-BY-NC-SA 4.0), under which others may distribute, remix, retouch, and create from the work in a non-commercial way, give credit and license their new creations under the same conditions.
The copyright holders are the authors and the journal Gondola, Ens Aprend Cienc. The holders retain all rights without restrictions, respecting the terms of the license in terms of consultation, downloading and distribution of the material.
When the work or any of its elements is in the public domain according to the applicable law in force, this situation will not be affected by the license.
Likewise, we encourage authors to deposit their contributions in other institutional and thematic repositories, with the certainty that culture and knowledge is a good of all and for all.