DOI:
https://doi.org/10.14483/23464712.19605Publicado:
2024-07-04O que aprendemos com a COVID-19? (Re)Pensando o (NOVO) Ensino Médio e o Ensino de Ciências
What have we learned from COVID-19? (Re)Thinking the (New) Brazilian High School and Science Teaching
¿Qué hemos aprendido del COVID-19? (Re)Pensando la (Nueva) escuela secundaria en Brasil y la enseñanza de las ciencias
Palabras clave:
Educational legislation, History of sciences and humanities, Philosophy, Public health (en).Palabras clave:
Legislación educativa, Historia de la ciencia y de las humanidades, Filosofía, Salud pública (es).Palabras clave:
Legislação da educação, História das ciências, Filosofia, Saúde pública (pt).Descargas
Resumen (pt)
No contexto da pandemia da COVID-19, observou-se um aumento considerável nos debates públicos sobre a produção das ciências. Tal contexto explicitou a necessidade de que a população possua conhecimentos sobre ciências, a fim de responder de modo crítico aos problemas contemporâneos. Neste ensaio científico, discutimos a necessidade de que a formação escolar em ciências forneça espaços e tempos de debate com os conhecimentos científicos para a atuação cidadã e democrática, e destacamos de que modo a Reforma do Ensino Médio (2017) implica e altera tal processo. Em seguida, a partir do conceito de Natureza da Ciência e das contribuições de Gaston Bachelard, apresentamos proposições a fim de retomar a relevância da formação de cidadãos com conhecimento das e sobre as ciências como objetivo da escolarização básica para o posicionamento crítico individual e coletivo.
Resumen (en)
In the context of the COVID-19 pandemic, there was a considerable increase in public debates about the production of science. This context highlighted the need for the population to have knowledge about science in order to respond critically to contemporary problems. In this scientific essay, we discuss the need for school education in science to provide spaces and opportunities for debate with scientific knowledge for citizen and democratic action, and we highlight how the Brazilian High School Reform (2017) impacts and changes this process. Then, based on the concept of Nature of Science and on contributions from Gaston Bachelard, we present propositions to reaffirm the importance of educating citizens with knowledge of and about the sciences as an objective of basic schooling for individual and collective critical engagement.
Resumen (es)
En el contexto de la pandemia de COVID-19, hubo un aumento considerable de los debates públicos sobre la producción científica. Este contexto mostró la necesidad de que la población tenga conocimientos sobre ciencia para responder críticamente a los problemas contemporáneos. En este ensayo científico, discutimos la necesidad de que la formación escolar en ciencias proporcione espacios y tiempos de debate con saberes científicos para la acción ciudadana y democrática, y destacamos cómo la Reforma de la Enseñanza Media en Brasil (2017) implica y cambia este proceso. Luego, a partir del concepto de Naturaleza de la Ciencia y de los aportes de Gaston Bachelard, presentamos proposiciones para retomar la pertinencia de formar ciudadanos con conocimiento de y sobre las ciencias como objetivo de la escolarización básica para el posicionamiento crítico individual y colectivo.
Referencias
Abd-El-Khalick, F. (2012) Examining the Sources for our Understandings about Science: Enduring conflations and critical issues in research on nature of science in science education. International Journal of Science Education, 34(3), 353–374. https://doi.org/10.1080/09500693.2011.629013
Aguiar, M. A. A. S.; Dourado, L. F. (Orgs.). (2018) A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. ANPAE. https://www.anpae.org.br/BibliotecaVirtual/4-Publicacoes/BNCC-VERSAO-FINAL.pdf
Allchin, D.J. (2011) Evaluating Knowledge of the Nature of (Whole) Science. Science Education, 95, 518-542. https://doi.org/10.1002/sce.20432
Almeida, A. V., & Farias, C. R. de O. (2016). A NATUREZA DA CIÊNCIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: REFLEXÕES A PARTIR DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. Investigações Em Ensino De Ciências, 16(3), 473–488. https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/222
Alves, R. (1981). Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. Editora Brasiliense.
Bachelard, G. A. (1996). A formação do espírito científico. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Contraponto Editora.
Bejarano, N. R. R., Aduriz-Bravo, A., & Bonfim, C. S. (2019). Natureza da Ciência (NOS): para além do consenso. Ciência & Educação (Bauru), 25(4), 967–982. https://doi.org/10.1590/1516-731320190040008
Brasil. Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.html
Brasil. (1988). Institui as diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622.
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Brasil. (1996). LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Brown, W. (2018). Cidadania Sacrificial: Neoliberalismo, capital humano e políticas de austeridade. Zazie Edições.
Canguilhem, G. (1972). Sobre Uma Epistemologia Concordatária. Revista Tempo Brasileiro, n. 28, pp. 47-56. Rio De Janeiro.
Cardoso, D., & Gurgel, I. (2019). Por uma educação científica que problematize a mídia. Linhas Críticas, 25, e 19850. https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.19850
Carneiro, G. do A., Cardoso Ferreira, C. R., Pansera, F. C., y Beduschi, R. S. (2018). Uma análise do tema interdisciplinaridade nas principais revistas brasileiras de ensino de ciências. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 13(1), 73–85. https://doi.org/10.14483/23464712.11961
Carvalho Filho, J. L. de. (2014). O ensino de sociologia como problema epistemológico e sociológico. Educação & Realidade, 39(1), 59–80.
Castelfranchi, Y. (2000). UFMG investe em força-tarefa contra as fake news. [Entrevista concedida a] Luiz Ribeiro. Estado de Minas. Belo, Horizonte.
Cedran, D. P., Lino, A., Neves, M. C. D., y Kiouranis, N. M. M. (2017). A natureza da ciência e o erro: reflexões sobre o conto “ótima é a água” por alunos de ensino médio. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 12(1), 43–56. https://doi.org/10.14483/udistrital.jour.gdla.2017.v12n1.a3
Ferreira, E. B. (2017). A Contrarreforma Do Ensino Médio No Contexto Da Nova Ordem E Progresso. Educação & Sociedade, 38(139), 293–308. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017176594
Frigotto, G. (2017). Reforma do ensino médio do (des) governo de turno: decreta-se uma escola para os ricos e outra para os pobres. Movimento-Revista De educação, (5). https://doi.org/10.22409/mov.v0i5.32621
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. Editora Atlas.
Hodson, D. (2014). Nature of science in science curriculum: origin, development, impliciations and shifiting emphasis. In: Matthews, M. (ed.). International handbook of research in history, philosophy and science teaching. Springer. Dordrecht: Holanda, 911-970.
IBGE - Instituto Brasileiro de Brasileiro de Geografia e Estatística (2020). Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua. Rio de Janeiro.
IBEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (2021). Acesso à internet residencial dos estudantes. Série desafios para a universalização da internet no Brasil. São Paulo, 1-27.
Irzik, G., Nola, R. (2011). A Family Resemblance Approach to the Nature of Science for Science Education. Sci & Educ, 591–607 https://doi.org/10.1007/s11191-010-9293-4
Kuenzer, A. Z. (2020). Sistema educacional e a formação de trabalhadores: a desqualificação do Ensino Médio Flexível. Ciência & Saúde Coletiva, 25(1), 57–66. https://doi.org/10.1590/1413-81232020251.28982019
Kuenzer, A. Z. (2017). Trabalho E Escola: A Flexibilização do Ensino Médio no Contexto do Regime de Acumulação Flexível. Educação & Sociedade, 38(139), 331–354. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017177723
Laclau, E; Mouffe, C. (2015) Hegemonia e estratégia socialista: por uma política democrática radical. Editora Intermeios.
Lederman, N., Abd-El-Khalick, F., Bell, R., & Schwartz, R. (2002, July 1). Views of Nature of Science Questionnaire: Toward Valid and Meaningful Assessment of Learners’ Conceptions of Nature of Science. J. Res. Sci. Teaching, 39(6), 497-521. Retrieved June 9, 2024. https://doi.org/10.1002/tea.10034
Lima, M., & Maciel, S. L. (2018). A reforma do Ensino Médio do governo Temer: corrosão do direito à educação no contexto de crise do capital no Brasil. Revista Brasileira De Educação, 23, e230058. https://doi.org/10.1590/S1413-24782018230058
Lopes, A. R. C. (1993). Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, 11(3), 324-330. 1993.
Lopes, A. R. C. (1996). Bachelard: o filósofo da desilusão. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 13(3), 248–273. https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/7049
Machado, D. I., & Nardi, R. (2006). Construção de conceitos de física moderna e sobre a natureza da ciência com o suporte da hipermídia. Revista Brasileira De Ensino De Física, 28(4), 473–485. https://doi.org/10.1590/S1806-11172006000400010
Mars, A. (2018). Como a desinformação influenciou nas eleições presidenciais? El País. Nova York, 25 fev.
Martins, A. F. P. (2015). Natureza da Ciência no ensino de ciências: uma proposta baseada em “temas” e “questões”. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 32(3), 703–737. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2015v32n3p703
Mccomas, W. F. (org.) (1998). The nature of science in science education. Springer. Dordrecht: Holanda.
Braga, M. A. B., & Medina, M. N. (2010). O teatro como ferramenta de aprendizagem da física e de problematização da natureza da ciência. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 27(2), 313–333. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2010v27n2p313
Mendonça, P. C. C. (2020). De que Conhecimento sobre Natureza da Ciência Estamos Falando? Ciência & Educação (Bauru), 26, e20003. https://doi.org/10.1590/1516-731320200003
Moura, B. A. (2014). O que é a natureza da ciência e qual sua relação com a história e filosofia da ciência? Revista Brasileira de História da Ciência, 7(1), 32-46. https://www.sbhc.org.br/revistahistoria/view?ID_REVISTA_HISTORIA=51
Osborne J, Collins S, Ratcliffe M et al (2003) What ‘ideas-about-science’ should be taught in school science? A Delphi study of the expert community. J Res Sci Teach 40(7):692–720. https://doi.org/10.1002/tea.10105
Pivaro, G. F. & Girotto Júnior, G. (2020). O ataque organizado à ciência como forma de manipulação: do aquecimento global ao coronavírus. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 37(3), 1074–1098. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n3p1074
Prodanov, C. C.; Freitas, E. C. de. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Editora Feevale.
Ramos, F. R. O.; Heinsfeld, B. D. S. S. (2017) Reforma do ensino médio de 2017 (Lei nº 13.415/2017): um estímulo à visão utilitarista do conhecimento. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. 18284-18300., Curitiba, Anais, PUCPR. https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24107_11975.pdf
Ramos, M. N., & Frigotto, G. (2017). Medida Provisória 746/2016: a contra-reforma do ensino médio do golpe de estado de 31 de agosto de 2016. Revista HISTEDBR On-Line, 16(70), 30–48. https://doi.org/10.20396/rho.v16i70.8649207
Robilotta, M. R. (1988). O cinza, o branco e o preto – da relevância da história da ciência no ensino da física. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 5, 7-22. Florianópolis, DOI: https://doi.org/10.5007/%25x
Sasseron, L. H. (2018). Ensino de Ciências por Investigação e o Desenvolvimento de Práticas: Uma Mirada para a Base Nacional Comum Curricular. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 18(3), 1061–1085. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec20181831061
Slisko, J. (2020). What students can learn from Fibonacci´s error in solving “The lion in the pit” problem. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 15(2), 216–238. https://doi.org/10.14483/23464712.16041
Toledo, L. F. (2017). Reforma do ensino médio esbarra em falta de estrutura e recursos. O Estado de S. Paulo.
Zapata Peña, J. (2016). Contexto en la enseñanza de las ciencias: análisis al contexto en la enseñanza de la física. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, 11(2), 193–211. https://doi.org/10.14483/udistrital.jour.gdla.2016.v11n2.a3
Zylbersztajn, A. Concepções Espontâneas Em Física: Exemplos em Dinâmica e Implicações Para o Ensino. Revista de Ensino de Física, 5(2), 3-16. http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol05a09.pdf
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2024 Autor y Góndola. Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Góndola, Ens Aprend Cienc. es una publicación de acceso abierto, sin cargos económicos para autores ni lectores. La publicación, consulta o descarga de los contenidos de la revista no genera costo alguno para los autores ni los lectores, toda vez que la Universidad Distrital Francisco José de Caldas asume los gastos relacionados con edición, gestión y publicación. Los pares evaluadores no reciben retribución económica alguna por su valiosa contribución. Se entiende el trabajo de todos los actores mencionados anteriormente como un aporte al fortalecimiento y crecimiento de la comunidad investigadora en el campo de la Enseñanza de las Ciencias.
A partir del 01 de diciembre de 2018 los contenidos de la revista se publican bajo los términos de la Licencia Creative Commons Atribución–No comercial–Compartir igual 4.0 Internacional (CC-BY-NC-SA 4.0), bajo la cual otros podrán distribuir, remezclar, retocar, y crear a partir de la obra de modo no comercial, siempre y cuando den crédito y licencien sus nuevas creaciones bajo las mismas condiciones.
Los titulares de los derechos de autor son los autores y la revista Góndola, Ens Aprend Cienc. Los titulares conservan todos los derechos sin restricciones, respetando los términos de la licencia en cuanto a la consulta, descarga y distribución del material.
Cuando la obra o alguno de sus elementos se halle en el dominio público según la ley vigente aplicable, esta situación no quedará afectada por la licencia.
Asimismo, incentivamos a los autores a depositar sus contribuciones en otros repositorios institucionales y temáticos, con la certeza de que la cultura y el conocimiento es un bien de todos y para todos.