DOI:
https://doi.org/10.14483/23464712.16489Publicado:
2022-04-25Edição:
v. 17 n. 1 (2022): v17, n1, 2022Seção:
ARTIGOSDiversificação de estratégias didáticas para ativar e manter o interesse em aulas de Química
Diversification of teaching strategies to activate and maintain interest in chemistry classes
Diversificación de las estrategias de enseñanza para activar y mantener el interés en las clases de Química
Palavras-chave:
química, interesse, métodos de ensino, educação de adultos (pt).Palavras-chave:
química, interés, métodos de enseñanza, educación de adultos (es).Palavras-chave:
chemistry, interest, teaching methods, adult education (en).Downloads
Resumo (pt)
Este trabalho propôs a elaboração e avaliação de um módulo didático de introdução à Química, voltado especificamente para turmas de EJA. Um produto educacional baseado em sugestões de pesquisas contemporâneas da área de ensino de Química e em recomendações das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. A fim de introduzir os jovens e adultos nos estudos de Química, foi proposto uma combinação de atividades de leitura e interpretação de textos, Mão na massa e POE (Prediga, Observe e Explique), colocada em prática em uma turma de vinte alunos da primeira etapa EJA/Ensino Médio (período noturno) de uma escola pública da cidade de Belém/PA. Dados de pesquisa foram coletados e analisados de forma qualitativa, a fim de averiguar mudanças comportamento, insights e eventuais aprendizagens dos alunos, tendo como referência técnicas de etnografia escolar e análise de conteúdo. São discutidas algumas evidências de que o conjunto de atividades proposto tem potencial didático para ativar e manter o interesse e envolvimento e de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na aprendizagem de Química.
Resumo (en)
It is a proposal for designing and evaluating didactic material to an introduction to Chemistry to educate young and adults. It was an educational process based on the results of contemporary research about teaching Chemistry and the recommendations of the current Brazilian Curriculum Guidelines for this teaching modality. Youth and adults developed a combination of reading activities, interpretation of texts, hands-on activities, and POE (Predict, Observe and Explain), developed in a class of twenty high school students from a public institution in Belem city, Brazil. Data was collected and analyzed qualitatively, to determine changes in behavior, ideas, and eventual learning of students concerning Chemistry, using school ethnography and analysis as reference techniques of content analysis. In the final, the didactic potential to activate and maintain the interest and participation of students in learning Chemistry is discussed, based on the activities proposed in the material.
Resumo (es)
Se presenta el diseño y evaluación de un material didáctico para la introducción a la Química, dirigido a la educación de jóvenes y adultos. Fue un proceso educativo basado en resultados de investigación contemporánea en el área de la enseñanza de Química y las recomendaciones de las Directrices Curriculares Brasileñas actuales, para esta modalidad de enseñanza. Se les presentó a los jóvenes y adultos una combinación de actividades de lectura, interpretación de textos, atividades hands on y POE (Predecir, Observar y Explicar), puesta en práctica en una clase de veinte estudiantes de secundaria de una escuela pública en la ciudad de Belém en Brasil. Los datos de la investigación se recopilaron y analizaron de forma cualitativa, con el fin de determinar los cambios en el comportamiento, las ideas y el aprendizaje eventual de los estudiantes con relación a la Química, teniendo como técnicas de referencia la etnografía escolar y el análisis de contenido. Al final, se discute el potencial didáctico para activar, mantener el interés y la participación de los estudiantes en el aprendizaje de Química, a partir de las actividades propuestas en el material.
Referências
AKPINAR, E. The use of interactive computer animations based on POE as a presentation tool in primary science teaching. Journal of Science Education and Technology, v. 23, n. 4, 527-537, 2014. https://doi.org/10.1007/s10956-013-9482-4.
ANDRÉ, M.E.D.A. Etnografia da prática escolar. Papirus. Campinas: Brasil, 1995.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 6a. ed. Edições 70. Lisboa: Portugal, 2011.
BEDIN, E; DEL PINO, J. C. Dicumba – o aprender pela pesquisa em sala de aula: os saberes científicos de química no contexto sociocultural do aluno. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, v. 13, n. 2, 338-352, 2018. http://doi.org/10.14483/23464712.13055.
BRABO, J. C.; CAJUEIRO, D. D. S.; VIEIRA, B. N. Alfabetização científica e linguística com Cloze e P.O.E.: tratamento de água em comunidades ribeirinhas. Experiências em Ensino de Ciências, v.12, n.4, 18-29, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental. Proposta curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do Ensino Fundamental. MEC/SEF. Brasília: Brasil, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. MEC/SEF. Brasília: Brasil, 2013.
CHAMPAGNE, A; KLOPFER, L; ANDERSON, J. Factors influencing the learning of classical mechanics. American Journal of Physics, n. 48, 1074-1079, 1980. https://doi.org/10.1119/1.12290.
COSTA, M; AZEVEDO, R; DEL PINO, J. Temas geradores no ensino de Química na Educação de Jovens e Adultos. Revista Areté, v. 9, n. 19, 147-161, 2017.
FIGUEIREDO, A. M. T. A; SILVA JÚNIOR, C. A; SALES, F. R. P; SOUZA, N. S. Os desafios no ensino de Ciências nas turmas de Jovens e Adultos na área de Química. Revista Inter Ação, v. 42, n. 1, 214-232, 2017. https://doi.org/10.5216/ia.v42i1.41928.
FOGAÇA, J. R. Propriedades da Matéria. Mundo Educação, 2016. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/propriedades-materia.htm. Acesso em 31 dez. 2018.
GIROTTO JUNIOR, G; DE PAULA, M; MATAZO, D. Análise de conhecimento sobre estratégias de ensino de futuros professores de química: vivência como aluno e reflexão como professor. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, v. 14, n. 1, 35-50, 2019. http://doi.org/10.14483/23464712.13123.
GUNSTONE, R. F; WHITE, R. T. Understanding of gravity. Science Education, n. 65, 291-299, 1981. https://doi.org/10.1002/sce.3730650308.
HADDAD, S. A participação da sociedade civil brasileira na educação de jovens e adultos e na CONFINTEA VI. Revista Brasileira de Educação, v. 14, n. 41, 355-369, 2009.
HAYSON, J; BOWEN, M. Predict, Observe, Explain: activities enhancing scientific understanding. NTSA Press. Arlington: EUA, 2010.
HOFSTEIN, A; LUNETTA, V. The Role df the Laboratory in Science Teaching: Research Implications. In: ANNUAL MEETING OF THE NATIONAL ASSOCIATION FOR RESEARCH IN SCIENCE TEACHING, 1-40, Boston. Actas. NARST. 1980. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED188912.pdf. Acesso em: 10 jan. 2019.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2011: síntese de dados. IBGE. Brasília: Brasil, 2011. Disponível em https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2011/default_sintese.shtm. Acesso em: 10 jan. 2019.
JACK, B. M; LIN, H. Igniting and sustaining interest among students who have grown cold toward science. Science Education, n. 98, 792-814, 2014. https://doi.org/10.1002/sce.21119.
JACK, B. M; LIN, H. Making learning interesting and its application to the science classroom. Studies in Science Education, v. 53, n. 2, 137-164, 2017. https://doi.org/10.1080/03057267.2017.1305543.
KEARNEY, M. Classroom use of multimedia-supported Predict–Observe–Explain tasks in a social Constructivist learning environment. Research in Science Education, v. 34, n. 4, 427-453, 2004. https://doi.org/10.1007/s11165-004-8795-y.
KRAJCIK, J.; MAMLOK, R.; HUG, B. Modern content and the enterprise of science: Science education in the twentieth century. In: CORNO, L. (Ed.). Education Across a Century: The Centennial Volume. One-hundredth Yearbook of the National Society for the Study of Education. University of Chicago Press. Chicago: EUA, 2001. 205-238.
KRAPPA, A; PRENZEL, M. Research on Interest in Science: Theories, methods, and findings. International Journal of Science Education. v. 33, n. 1, 27-50, 2011. https://doi.org/10.1080/09500693.2010.518645.
LIMA, A. O. As origens emocionais da evasão: apontamentos etnográficos a partir da Educação de Jovens e Adultos. Horizontes Antropológicos, v. 25, n. 54, 253-272, 2019. https://doi.org/10.1590/s0104-71832019000200010.
MALDANER, O. A. A pesquisa como perspectiva de formação continuada do professor de química. Química Nova, v. 22, n. 2, 289-292, 1999. https://doi.org/10.1590/s0100-40421999000200023.
OSBORNE, J; COLLINS, S. Pupils' views of the role and value of the science curriculum: a focus-group study. International Journal of Science Education, v. 23, n. 5, 441-467, 2001. https://doi.org/10.1080/09500690010006518.
ÖZMEN, H. Some student misconceptions in chemistry: A literature review of chemical bonding. Journal of Science Education and Technology, v. 13, n. 2, 147-159, 2004. https://doi.org/10.1023/b:jost.0000031255.92943.6d.
POTVIN, P; HASNI, A. Interest, motivation and attitude towards science and technology at K-12 levels: A systematic review of 12 years of educational research. Studies in Science Education, n. 50, 85-129, 2014. https://doi.org/10.1080/03057267.2014.881626.
SCHIEL, D. (Ed.). Ensinar as ciências na escola: da educação infantil à quarta série. Trad. de Marcel Paul Forster. CDCC. São Carlos: Brasil, 2005. Disponível em: https://sites.usp.br/cdcc/wp-content/uploads/sites/512/2019/08/pdf-ensinar-ciencias.pdf. Acesso em: 27 mar. 2022.
SILVA, E. O; BRABO, J. C. Química para EJA: Propriedades da matéria. EduCAPES. 2018. Disponível em: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/431408. Acesso em: 27 mar. 2022.
TAMIR, P. How are the laboratories used? Journal of Research in Science Teaching, v. 14, n. 4, 311-316, 1977. https://doi.org/10.1002/tea.3660140408
TAYLOR, W. L. Cloze Procedure: a new tool for measuring readability. Journalism Quarterly, n. 30, p. 415-433, 1953. https://doi.org/10.1177/107769905303000401.
VERONEZ, P. D; VERONEZ, K. N. S; RECENA, M. C. P. Concepções dos alunos do curso de educação de jovens e adultos sobre transformações químicas. In: VII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS. Florianópolis, Atas. ABRAPEC. 2009.
WHITE, R.T.; GUNSTONE, R.F. Probing Understanding. Falmer Press. Londres: Inglaterra, 1992.
ZOLLER, U. Are lecture and learning compatible? Maybe for LOCS: unlikely for HOCS. Journal of Chemical Education, n. 70, 195-197, 1993. https://doi.org/10.1021/ed070p195.
Como Citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Baixar Citação
Licença
Copyright (c) 2022 Autor y Góndola. Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Gôndola, Ens Aprend Cienc. é uma publicação de acesso aberto, sem encargos econômicos para autores ou leitores. A publicação, consulta ou download do conteúdo da revista não gera nenhum custo para autores ou leitores, uma vez que a Universidade do Distrito Francisco José de Caldas assume os custos relacionados à edição, gerenciamento e publicação. Os pares avaliadores não recebem nenhuma compensação econômica por sua valiosa contribuição. O trabalho de todos os atores mencionados acima é entendido como uma contribuição para o fortalecimento e crescimento da comunidade de pesquisa no campo do Ensino de Ciências.
A partir de 1º de dezembro de 2018 o conteúdo da revista são publicados sob os termos da Licença Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0), sob a qual outros podem distribuir, remix, tweak , e criar a partir do trabalho de forma não comercial, desde que eles dêem crédito e licenciam suas novas criações sob as mesmas condições.
Os detentores dos direitos autorais são os autores e a revista Góndola, Ens Aprend Cienc. Os proprietários mantêm todos os direitos sem restrições, respeitando os termos da licença relativa à consulta, download e distribuição do material.
Quando o trabalho ou qualquer um dos seus elementos estiver no domínio público de acordo com a lei aplicável, esta situação não será afetada pela licença.
Da mesma forma, incentivamos os autores a depositar suas contribuições em outros repositórios institucionais e temáticos, com a certeza de que cultura e conhecimento são bons para todos e para todos.
